segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Invernada




Tempo nublado, chove, faz um friozinho gostoso.
E eu adoro andar de casaquinho de lã angorá, twin set, meias, calças compridas ou saias até o pé... e botas.

Os programas do frio são uma delícia, não são?

Filminhos, jogos, livros, comidinhas quentinhas, chocolate quente, cafés incrementados, sopinhas, caldinhos...a família toda debaixo do mesmo edredon.

E Brasília fica um deslumbramento logo nas primeiras chuvas.
Depois de tanto tempo em tons de marrom, uma profusão de verde toma conta da cidade. As flores - flamboyant, bouganville, jasmin-manga - e as mangueiras prematuramente carregadas explodem em cores, entremeando os vários tons de verde.

E eu ando pasma pela cidade.





Ontem botei meu sobrinho lindo pela primeira vez de castigo.
Com o coração apertado, mas botei.
E não é que o moleque ficou lá sentadinho?
É... aos prantos.
Ele dizia: “Papai Pedro, me ajuda! Eu tô chorando!”
E eu fiquei entre a vontade de rir do drama e de chorar do sentimento que ele ficou.
Depois fizemos as pazes.




Eu não tenho remédio.
Adoro o céu cinzento.
As nuvens pretas que passam.
O minuto antes do raio
O segundo depois da trovoada.

Eu não tomo jeito.
Adoro o aconchego do abraço.
O cheiro quente do corpo
O átimo que antecede ao beijo.
A pausa depois do amor.

Eu não tenho salvação
Adoro o som de vozes
O ritmo da palavra cantada
O tom de lamento ou louvor
E o longo silêncio do final.

Quer saber?
Eu não tenho recuperação.
Nem quero ter.


2 comentários:

Arthur Tadeu Curado disse...

Tadinho do Davi-mais-fofa-e-linda-de-todo-planeta-de-toa-galáxia-de-todo-universo!
Preciso de um café contigo. Te ligo amanhã.

Arthur Tadeu Curado disse...

Ixi, dislexia punk essa minha do comentário, hein? Afff... Mostrando o descontrole total.