Tempo nublado, chove, faz um friozinho gostoso.
E eu adoro andar de casaquinho de lã angorá, twin set, meias, calças compridas ou saias até o pé... e botas.
Os programas do frio são uma delícia, não são?
Filminhos, jogos, livros, comidinhas quentinhas, chocolate quente, cafés incrementados, sopinhas, caldinhos...a família toda debaixo do mesmo edredon.
E Brasília fica um deslumbramento logo nas primeiras chuvas.
Depois de tanto tempo em tons de marrom, uma profusão de verde toma conta da cidade. As flores - flamboyant, bouganville, jasmin-manga - e as mangueiras prematuramente carregadas explodem em cores, entremeando os vários tons de verde.
E eu ando pasma pela cidade.
Ontem botei meu sobrinho lindo pela primeira vez de castigo.
Com o coração apertado, mas botei.
E não é que o moleque ficou lá sentadinho?
É... aos prantos.
Ele dizia: “Papai Pedro, me ajuda! Eu tô chorando!”
E eu fiquei entre a vontade de rir do drama e de chorar do sentimento que ele ficou.
Depois fizemos as pazes.
Eu não tenho remédio.
Adoro o céu cinzento.
As nuvens pretas que passam.
O minuto antes do raio
O segundo depois da trovoada.
Eu não tomo jeito.
Adoro o aconchego do abraço.
O cheiro quente do corpo
O átimo que antecede ao beijo.
A pausa depois do amor.
Eu não tenho salvação
Adoro o som de vozes
O ritmo da palavra cantada
O tom de lamento ou louvor
E o longo silêncio do final.
Quer saber?
Eu não tenho recuperação.
Nem quero ter.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Invernada
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2 comentários:
Tadinho do Davi-mais-fofa-e-linda-de-todo-planeta-de-toa-galáxia-de-todo-universo!
Preciso de um café contigo. Te ligo amanhã.
Ixi, dislexia punk essa minha do comentário, hein? Afff... Mostrando o descontrole total.
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