segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Lígia
Cheguei de quase 30 dias de férias.
Mal tento reorganizar a vida, retomar o ritmo, responder os emails e vem essa bomba, essa perda, essa tristeza rasgando o peito: nossa Lígia morreu.
Sem aviso.
Uma estupidez.
Eu ganhei a Lígia de presente da Fal - junto com mais um bando de pessoas lindas - em papel de seda e fitas douradas. Nossa convivência durou um ano...em trocas, confidências, sorrisos, banhos de cheiro, receitas de dieta, trocas de idéia, revelações, poesias, músicas, livros, tirinhas, apoios mútuos, abraços, soluços, sustos, gargalhadas, e um amor que não tem explicação (cês sabem, né, meninas? Não tem como explicar).
Ontem, acordei com minha sorella dizendo: "Beloca, nossa Lígia se foi". E eu fiquei ali, sentada na cama, deixando as lágrimas correrem pra tentar lavar o susto, pra tentar apagar essa coisa que não podia ser verdade, que devia ser só um pesadelo daqueles que tiram a gente do travesseiro aos soluços...
Um desespero de pensar nos filhos e no marido que ficam...em nós que ficamos sem aquele sorriso rasgado, sem a doçura, a transparência, a gargalhada, o colo e as lágrimas irmãs de Lígia...
Irmã, vai com Deus. Seu caminho será iluminado e amplo como seu coração. E se houver alguma justiça, só de riso, amor e beleza será essa sua nova jornada... Porque você jamais mereceu nada diferente.
...E desculpa pelo email que eu nunca respondi...
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