quarta-feira, 23 de abril de 2008

Salve, Jorge! Ogunhê!


Dono de uma das orações mais poderosas que eu conheço, hoje é dia dele: São Jorge Guerreiro.

O culto a São Jorge vem do século IV dC. O soldado foi martirizado na Palestina no dia 23 de Abril de 303, vítima da perseguição do imperador Diocleciano. Foi torturado e teve a cabeça cortada, em Nicomédia, devido à sua fé cristã.

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lídia, onde foi sepultado, e onde o imperador cristão Constantino mandou erguer um sumptuoso oratório aberto aos fiéis. O seu culto espalhou-se imediatamente por todo o Oriente.

No século V, já existiam cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, foram erguidas quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Arménia, na Grécia, no Império Bizantino São Jorge era inscrito entre os maiores Santos da Igreja Católica. No Ocidente, na Idade Média, as Cruzadas colocaram São Jorge à frente das suas milícias, como Patrono da Cavalaria.

A mãe de uma querida amiga me deu essa oração quando eu ainda era uma adolescente e me mandou rezar por 30 dias, sempre no mesmo horário, ao acordar.

Confesso que, nos primeiros dias, a coisa era um pouco monótona, até chata. Mas depois do 5º ou 6º dia, as palavras ganharam força e viraram quase um mantra, tal era o estado a que me conduziam. No décimo dia, eu tive uma sensação de entrega absoluta. E até o final, no 30º dia, eu senti o poder dessa oração, que vinha verdadeiramente de dentro de mim e não da folha de papel.

Pra quem crê, tá facinho de saber do que eu tô falando. Pra quem não crê, pode parecer uma longa e chata baboseira...mas, anyway, eu diria: tente e depois me conte.

Esse ano, eu recebi da minha sorela, lá de longe no Milão. Pra você ver que bem querer e proteção não precisam estar do ladinho.


Oração a São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

São Jorge Rogai por Nós.

No Candomblé e na Umbanda, ele é OGUN. Filho de Yemanjá, é uma divindade masculina iorubá. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exú, está mais próxima dos seres humanos.
O Guerreiro sempre foi a figura mítica do deus mais invocada, já que é sua função realizar no astral as guerras que os seres humanos não conseguem travar ou vencer na sua luta cotidiana. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada por outros cultos, notadamente pela umbanda, onde é muito popular. É sincretizado comumente com São Jorge ou Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.



Ogunhê!

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